Maria, porém, guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração. (Lucas 2:19)

Os pastores de Belém tiveram uma experiência rara – uma visita do anjo do Senhor, anunciando uma boa nova: o nascimento de um bebê que era o Messias e Deus. O mesmo anjo deu-lhes um sinal para confirmar esta boa notícia – que iriam encontrar este bebê embrulhado em panos rasgados, deitado em uma manjedoura para animais.

Esses pastores foram imediatamente a Belém e viram o sinal de confirmação. Eles então percorreram a aldeia e disseram a todos que podiam. O povo de Belém ficou surpreso com essa notícia notável, mas pareciam indiferentes a tudo isso. Com Maria, a mãe de Jesus, foi diferente. Maria, porém, guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração. Há pelo menos três coisas a serem observadas sobre a reação de Maria às notícias dos pastores.

O que Maria sabia

Tudo isso é maravilhoso e verdadeiro, mas apenas arranha a superfície da grandeza do que Deus fez naquela noite. A criança dormindo naquela manjedoura não era um mero homem. Deus se humilhou para vir não apenas na humanidade, mas na experiência plena da humanidade.

Teoricamente, Jesus poderia ter vindo a Terra como um homem de 30 anos de idade e ter começado seu ministério público imediatamente. Afinal, o primeiro Adão veio à Terra como um adulto; talvez o segundo Adão também viesse dessa forma. No entanto, era bom, certo e importante para Deus adicionar a humanidade à Sua divindade de uma forma que se conectasse com a experiência plena da humanidade, incluindo o desamparo e a dependência de um bebê.

No entanto, não se engane; Colossenses 1:19 é tão verdade sobre o menino Jesus na manjedoura quanto era verdade sobre o homem Jesus na cruz: Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude.

É uma declaração ampla – combinando as duas palavras poderosas toda e plenitude. Coloque essas duas palavras juntas e elas significam todas as coisas. Não há nada deixado de fora de toda a plenitude, e essas duas palavras nos dizem que Nele – isto é, em Jesus Cristo – está tudo o que torna Deus realmente Deus.

Havia uma ideia bem definida por trás da palavra do grego antigo que Paulo escolheu, aquela que traduzimos como plenitude. A palavra grega antiga era pleroma, e era um termo técnico reconhecido no vocabulário teológico do mundo antigo, descrevendo o pacote total de poderes e atributos divinos. Paulo pegou tudo o que estava implícito nessa palavra e disse: “Toda essa plenitude – todas essas coisas que fazem de Deus quem Ele é – tudo isso habita em Jesus.”

Observe que a plenitude está em Jesus Cristo. Não em uma igreja; não em um sacerdócio; não em um edifício; não em um sacramento; não nos santos; não em um método ou programa, mas no próprio Jesus Cristo. Todos os que desejam mais de Deus e tudo o que Ele é, podem encontrar-lo em Jesus Cristo.

Há muito tempo atrás, toda essa plenitude dormia em uma manjedoura humilde naquela noite em Belém.