João 7




João 7 – Na Festa das Cabanas

A. Jesus sobe para Jerusalém em segredo.

1. (1-2) Em Galiléia quando a Festa das Cabanas se aproxima.

Depois disso Jesus percorreu a Galiléia, mantendo-se deliberadamente longe da Judéia, porque ali os judeus procuravam tirar-lhe a vida. Mas, ao se aproximar a festa judaica das cabanas,

a. Manntendo-se deliberadamente longe da Judéia, porque ali os judeus procuravam tirar-lhe a vida: Não foi uma falta de coragem que fez Jesus ficar na Galiléia, mas sim, uma consciência do tempo perfeito do Pai – e ainda não estava na hora Dele ser preso e entregue aos gentios.

b. Festa judaica das cabanas: Esta era uma celebração alegre de uma semana em setembro ou outubro quando famílias acampavam em abrigos temporários para lembrar a fidelidade de Deus a Israel no deserto no caminho do Egito à Canaã sob a liderança de Moisés.

i. “Os hebreus o chamavam de festival das cabanas (sukkoth) porque durante toda a semana que ele durava as pessoas viviam em cabanas construídas de gravetos e folhas (conforme em Levíticos 23:40-43); os moradores da cidade as construíam em seus jardins ou em cima de seus telhados planos”. (Bruce)

2. (3-5) A descrença e oposição dos irmãos de Jesus contra Ele.

Os irmãos de Jesus lhe disseram: “Você deve sair daqui e ir para a Judéia, para que os seus discípulos possam ver as obras que você faz. Ninguém que deseja ser reconhecido publicamente age em segredo. Visto que você está fazendo estas coisas, mostre-se ao mundo”. Pois nem os seus irmãos criam nele.

a. Os irmãos de Jesus lhe disseram: Alguns ficam surpresos ao ler que a Bíblia diz que Jesus tinha irmãos, mas essa é uma referência simples. João já mencionou os irmãos de Jesus em João 2:12 e Mateus escreveu sobre os irmãos de Jesus em Mateus 12:46-47. Em Mateus 13:55-56, as irmãs de Jesus foram descritas.

i. “Nosso abençoado Senhor, é verdade, foi seu primogênito, quando ela ainda era uma virgem; mas nenhum homem consegue provar que ele foi seu último. É um artigo de fé, na Igreja Papal acreditar na virgindade perpétua de Maria; e a respeito disso, sem nenhuma razão, vários protestantes parecem ser papistas”. (Clarke)

b. Ir para a Judéia, para que os seus discípulos possam ver as obras que você faz… Visto que você está fazendo estas coisas, mostre-se ao mundo: Os irmãos de Jesus Lhe pediram para provar que Ele era mesmo o Messias em uma plataforma maior, Jerusalém – o centro do judaísmo.

i. O povo de Jerusalém frequentemente desprezava os judeus da Galiléia. Como Jesus fez a maioria de Suas obras milagrosas lá, isso deu aos líderes religiosos em Jerusalém outra razão para dizer que Jesus não era o Messias, porque Ele não fez a maioria de Sua obra na frente do público certo.

ii. “Acreditava-se amplamente que quando o Messias viesse ele se faria conhecido publicamente de alguma maneira espetacular”. (Bruce) A Bíblia Viva dá uma boa ideia sobre isso: Você não consegue ser famoso quando você se esconde desse jeito! Se você é tão grande, prove ao mundo!

iii. “Eles imaginaram Sua glória estar limitada às demonstrações de Seus poderes milagrosos, quando na realidade ela somente poderia ser demonstrada de maneira suprema pela sua crucificação”. (Tasker)

iv. “Seus irmãos estavam pensando que o sucesso Dele dependia da atitude do mundo com relação a Ele: em outras palavras, acreditavam no mundo em vez de Nele”. (Trench)

c. Pois nem os seus irmãos criam nele: Notavelmente, os irmãos de Jesus nunca apareceram ser apoiadores de Seu ministério antes de Sua morte e ressurreição, (veja também Marcos 3:21). Após Sua ressurreição os irmãos de Jesus foram contados entre os discípulos (Atos 1:14).

i. “Isso não significa que eles não creram que Ele realizava milagres, mas que eles não haviam se submetido a Sua reivindicação de ser o Messias”. (Dods)

ii. “Muitos homens enfrentando oposição cruel na vida pública têm sido sustentados pela fé e fidelidade de seus amigos e familiares. Jesus foi negado este consolo”. (Morris)

iii. “A expressão empática, pois nem os seus irmãos etc., é uma forte corroboração da visão que eles eram realmente e literalmente irmãos”. (Alford)

3. (6-9) A resposta de Jesus: somos de mundos diferentes.

Então Jesus lhes disse: “Para mim ainda não chegou o tempo certo; para vocês qualquer tempo é certo. O mundo não pode odiá-los, mas a mim odeia porque dou testemunho de que o que ele faz é mau. Vão vocês à festa; eu aindanão subirei a esta festa, porque para mim ainda não chegou o tempo apropriado”. Tendo dito isso, permaneceu na Galiléia.

a. Para mim ainda não chegou o tempo certo; para vocês qualquer tempo é certo: Porque Jesus estava completamente submetido à vontade do Pai, o tempo de Deus Pai era importante. Os irmãos de Jesus não estavam submetidos à vontade de Deus da mesma maneira, então qualquer tempo estava bom para eles.

i. Para mim…o tempo certo: “Nesta passagem a palavra é kairos, que caracteristicamente significa uma oportunidade; ou seja, o melhor tempo para se fazer algo, o momento quando as circunstâncias são as mais adequadas”. (Barclay)

ii. Quando Jesus obedeceu ao seu Pai, Ele viveu a verdade que o tempo de Deus é uma expressão importante de Sua vontade. Algo pode estar na vontade de Deus, mas ainda não em Seu tempo.

b. O mundo não pode odiá-los, mas a mim odeia porque dou testemunho de que o que ele faz é mau: Os irmãos de Jesus concordavam com as opiniões comuns de seus dias sobre o bem e o mal – e, portanto, o mundo não poderia odiá-los. Jesus de maneira ousada confrontou os pecados de Sua era, e por isso, foi o alvo de muito ódio.

i. O mundo não pode odiá-los: “Não há perigo de você incorrer o ódio do mundo por qualquer coisa que você faça ou diga; porque seus desejos e ações estão no próprio espírito do mundo”. (Dods)

c. Eu ainda não subirei a esta festa: Alguns comparam esta afirmação com o que é dito em João 7:10 (ele também subiu, não abertamente, mas em segredo) como se tivessem pegado Jesus em uma mentira. Schopenhauer, o filósofo alemão do pessimismo, escreveu pomposamente: “Jesus Cristo de propósito determinado proferiu uma falsidade”. (Barclay) No entanto, cristãos têm observado há séculos que se Jesus disse que não iria publicamente como para atrair atenção (como os Seus irmãos queriam), mas que isso não O impedia de subir em particular.

4. (10-13) Jesus sobe para Jerusalém, onde muitos discutem secretamente sobre ele.

Contudo, depois que os seus irmãos subiram para a festa, ele também subiu, não abertamente, mas em segredo. Na festa os judeus o estavam esperando e perguntavam: “Onde está aquele homem?” Entre a multidão havia muitos boatos a respeito dele. Alguns diziam: “É um bom homem”. Outros respondiam: “Não, ele está enganando o povo”. Mas ninguém falava dele em público, por medo dos judeus.

a. Depois que os seus irmãos subiram para a festa, ele também subiu, não abertamente, mas em segredo: Jesus não foi com seus irmãos em uma das grandes procissões de viajantes da Galiléia para Jerusalém na época da festa. Ele foi depois deles, viajando sozinho – quase (mas) em segredo.

i. Não abertamente: “Não na companhia de caravana comum, provavelmente não da maneira comum”. (Alford) “Isso quer dizer que Ele subiu, porém não pela instigação de seus irmãos, nem com a publicidade que eles recomendaram”. (Dods)

ii. “A partida secreta para Jerusalém não foi um ato de enganação. Foi uma tentativa de evitar publicidade indesejada. Os inimigos de Jesus estavam vigiando-o, obviamente com o propósito de prendê-lo”. (Tenney)

b. Entre a multidão havia muitos boatos a respeito dele: Eles reclamaram porque queriam que Jesus cumprisse seus desejos para o Messias, e os cumprisse agora – quando eles os queriam.

c. Alguns diziam: “É um bom homem”. Outros respondiam: “Não, ele está enganando o povo”: Naquela época assim como agora, Jesus divide as pessoas. Aqueles que O ouviam e O conheciam não conseguiam permanecer neutros. Eles decidiam de um jeito ou de outro a respeito de quem Jesus era, ou bom ou um enganador.

d. Mas ninguém falava dele em público: Os líderes religiosos deles não queriam que as pessoas conversassem sobre Jesus de maneira alguma. As pessoas comuns temiam alguma penalidade de problema dos líderes religiosos se fossem ouvidos falando em público de Jesus.

i. “Se eles aprovassem ou desaprovassem, eles não expressavam suas opiniões muito alto ou muito publicamente demais. As autoridades não queriam que ele fosse discutido de maneira alguma, e qualquer um que desconsiderasse seus desejos estava sujeito a sentir seu descontentamento”. (Bruce)

B. Jesus responde às objeções e ensina.

1. (14-18) Os líderes religiosos contestam que Jesus não é educado.

Quando a festa estava na metade, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar.Os judeus ficaram admirados e perguntaram: “Como foi que este homem adquiriu tanta instrução, sem ter estudado?” Jesus respondeu: “O meu ensino não é de mim mesmo. Vem daquele que me enviou. Se alguém decidir fazer a vontade de Deus, descobrirá se o meu ensino vem de Deus ou se falo por mim mesmo. Aquele que fala por si mesmo busca a sua própria glória, mas aquele que busca a glória de quem o enviou, este é verdadeiro; não há nada de falso a seu respeito.

a. Jesus subiu ao templo e começou a ensinar: Embora Jesus evitasse uma grande entrada quando ele veio a Jerusalém no tempo de Seu Pai, Ele ensinou com ousadia. Ele nunca se acovardou de proclamar a verdade.

b. Como foi que este homem adquiriu tanta instrução, sem ter estudado: Os líderes judeus sabiam que Jesus não havia estudado ou sido um discípulo de um rabino proeminente (como Paulo estudou sob a tutela de Gamaliel, Atos 22:3). Jesus não seguiu o curso normal e esperado de educação para um mestre.

i. O sentido de adquiriu tanta instrução é “particularmente estudo da escritura – talvez porque esta fosse toda a literatura dos judeus. Seu ensino provavelmente consistia na exposição da Escritura”. (Alford) “Sua habilidade em interpretar a Escritura e Seu conhecimento sobre ela é ao que isso se refere”. (Dods)

ii. Se eles pudessem ter condenado Jesus com alguma falsa doutrina ou com entendimento equivocado da Escritura, eles teriam. Como eles não podiam, atacaram as credenciais de Jesus. “Essas palavras são proferidas no verdadeiro fanatismo e preconceito do assim chamado ‘ensino’”. (Alford)

c. O meu ensino não é de mim mesmo. Vem daquele que me enviou: Jesus não apontou para Suas credenciais, mas para seu ensino. Foi como se Ele dissesse: “eu não tenho um diploma de seminário, porém julguem a Mim pelo meu ensino”. Se os líderes judeus ouvissem cuidadosamente ao ensino de Jesus, saberiam que estava todo enraizado nas Escrituras do Antigo Testamento e que vinha de Deus.

i. “Nosso abençoado Senhor, no caráter de Messias, poderia muito bem dizer: Meu ensino não é meu, como o embaixador poderia dizer: Eu não falo minhas próprias palavras, mas daquele que me enviou: e ele fala essas palavras para atrair a atenção dos judeus do ensino do homem para o ensino de Deus”. (Clarke)

d. O meu ensino não é de mim mesmo. Vem daquele que me enviou: Jesus foi um Mestre eloquente e talentoso, porém Ele não foi autodidata; Jesus foi ensinado por Deus. Sua autoridade não vinha de nenhum homem, mas de Seu Pai.

i. Jesus não reivindicou ser autodidata; ele reivindicou ser ensinado por Deus, praticamente convidando os Seus ouvintes a examinar Seus ensinos de acordo com as Escrituras.

ii. Há um grande princípio espiritual por trás das palavras Se alguém decidir fazer a vontade de Deus, descobrirá…o meu ensino. “A compreensão espiritual não é produzida apenas pelo aprendizado de fatos ou procedimentos, mas em vez disso, depende da obediência à verdade conhecida”. (Tenney)

e. Aquele que busca a glória de quem o enviou, este é verdadeiro; não há nada de falso a seu respeito: Jesus contrastou a Si mesmo com aquele que fala por si mesmo e que busca a sua própria glória. Jesus era diferente.

·Jesus buscou a glória de Deus.

·Jesus é verdadeiro.

·Jesus não tem nada de falso Nele.

i. Em certo sentido, Jesus nos deu duas medidas de um mestre verdadeiro.

·O ensino vem de Deus? Ou seja, ele é de acordo com a Palavra de Deus revelada?

·A obra glorifica a Deus?

2. (19-24) As pessoas contestam que Jesus está louco e endemoninhado.

Moisés não lhes deu a Lei? No entanto, nenhum de vocês lhe obedece. Por que vocês procuram matar-me?” “Você está endemoninhado”, respondeu a multidão. “Quem está procurando matá-lo?” Jesus lhes disse: “Fiz um milagre, e vocês todos estão admirados. No entanto, porque Moisés lhes deu a circuncisão (embora, na verdade, ela não tenha vindo de Moisés, mas dos patriarcas), vocês circuncidam no sábado. Ora, se um menino pode ser circuncidado no sábado para que a Lei de Moisés não seja quebrada, por que vocês ficam cheios de ira contra mim por ter curado completamente um homem no sábado? Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos”.

a. Nenhum de vocês lhe obedece: Jesus apenas afirmou que ele era absolutamente sem pecado e verdadeiro, sempre buscando a glória de Deus no céu (João 7:18). Em contraste a Jesus, os líderes religiosos não mantinham a lei. Eles tinham a lei (Moisés não lhes deu a lei), no entanto não a mantinham.

b. Por que vocês procuram matar-me? Seguindo o pensamento de Jesus, ele disse algo assim: “Eu sou sem pecado e nenhum de vocês mantêm a lei. Por que então vocês procuram matar-me? Vocês são os culpados perante a lei, não eu”.

c. “Você está endemoninhado”, respondeu a multidão. “Quem está procurando matá-lo?”: As pessoas não sabiam que os governantes queriam matar Jesus porque ele curou um homem no Sábado (João 5:16). Elas pensavam que Jesus era louco e talvez paranoico.

d. Se um menino pode ser circuncidado no sábado para que a Lei de Moisés não seja quebrada: Era permitido – até comandado – fazer uma obra negativa no Sábado, como cortar a carne na circuncisão (Levíticos 12:3). Era mais correto ainda curar completamente um homem no sábado como fez Jesus (João 5:8-9).

i. “Se você pode ferir um homem no dia de sábado, você não pode curar um? (Trapp)

e. Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos: Eles decidiram que Jesus parecia ser um pecador e eles pareciam ser justos. Eles estavam errados todas as vezes e precisavam fazer julgamentos justos em vez de apenas por aparências.

i. “Nenhum julgamento justo pode ser feito se as aparências decidem”. (Dods) A icônica figura da Justiça tem uma venda nos olhos por esta razão.

ii. “Deveríamos sempre ter em mente que a ‘aparência’ pode enganar, e por isso com o amor que dá esperança a todas as coisas, deveríamos estar prontos para dar aos homens o benefício de qualquer dúvida ou qualquer incerteza que está em nossas mentes”. (Morgan)

3. (25-29) As pessoas de Jerusalém contestam que Jesus não podia ser o Messias porque eles sabem de onde Ele vem.

Então alguns habitantes de Jerusalém começaram a perguntar: “Não é este o homem que estão procurando matar? Aqui está ele, falando publicamente, e não lhe dizem uma palavra. Será que as autoridades chegaram à conclusão de que ele é realmente o Cristo? Mas nós sabemos de onde é este homem; quando o Cristo vier, ninguém saberá de onde ele é”. Enquanto ensinava no pátio do templo, Jesus exclamou: “Sim, vocês me conhecem e sabem de onde sou. Eu não estou aqui por mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro. Vocês não o conhecem, mas eu o conheço porque venho da parte dele, e ele me enviou”.

a. Não é este o homem que estão procurando matar? As pessoas de Jerusalém sabiam que os líderes religiosos queriam matar Jesus. A multidão que veio para a festa não sabia disso (João 7:20), porém aqueles de Jerusalém sabiam. Ainda assim, ficaram admirados que as autoridades não iriam ou podiam parar Jesus de ensinar.

b. Ele, falando publicamente, e não lhe dizem uma palavra: Jesus nunca ficou com medo ou intimidado pelas ameaças contra Ele. Ele ainda falou publicamente e com tanta ousadia que ninguém conseguia fazê-Lo parar.

c. Nós sabemos de onde é este homem; quando o Cristo vier, ninguém saberá de onde ele é: Muitos (mas não todos) dos judeus daquela época acreditavam que o Messias apareceria de repente, como se do nada.

i. Malaquias 3:1 diz que o mensageiro de Deus virá de repente ao templo. Este era o tipo de ditado que os fazia pensar que o Messias viria do nada para apresentar-se a Israel.

ii. A crença popular “acreditava que o Messias iria aparecer”. A ideia era que ele estava esperando escondido e algum dia explodiria de repente sobre o mundo e ninguém saberia de onde ele tinha vindo”. (Barclay)

iii. Nós sabemos de onde é este homem: Nós não sabemos se as pessoas pensavam: este Homem vem de Belém ou este Homem vem de Nazaré. Eles provavelmente associavam Jesus com Nazaré (Jesus de Nazaré).

d. Vocês me conhecem e sabem de onde sou: Esta primeira sentença da resposta de Jesus pode até ter sido sarcástica. Eles pensavam que sabiam de onde Jesus vinha, mas não estavam cientes de sua origem celestial.

i. “Ele concorda que O conhecem e que sabem de onde Ele veio, mas isso é quase com certeza irônico: ‘Então vocês conhecem a mim e a minha origem!’”. (Morris)

e. Venho da parte dele, e ele me enviou: As multidões estavam talvez confusas sobre de onde viria o Messias, mas Jesus sabia exatamente de onde Ele veio. Jesus não era um homem confuso pensando se Ele era realmente o Filho de Deus.

i. “A linguagem é simples e sem ambiguidade; a reivindicação é solene. Jesus afirma novamente sua relação única com o Pai, e seus ouvintes não conseguem perder a implicação de suas palavras”. (Bruce)

4. (30-36) Os guardas tentam prender Jesus quando muitos acreditam Nele.

Então tentaram prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque a sua hora ainda não havia chegado. Assim mesmo, muitos dentre a multidão creram nele e diziam: “Quando o Cristo vier, fará mais sinais miraculosos do que este homem fez?” Os fariseus ouviram a multidão falando essas coisas a respeito dele. Então os chefes dos sacerdotes e os fariseus enviaram guardas do templo para o prenderem. Disse-lhes Jesus: “Estou com vocês apenas por pouco tempo e logo irei para aquele que me enviou. Vocês procurarão por mim, mas não me encontrarão; vocês não podem ir ao lugar onde eu estarei”. Os judeus disseram uns aos outros: “Aonde pretende ir este homem, que não o possamos encontrar? Para onde vive o nosso povo, espalhado entre os gregos, a fim de ensiná-lo? O que ele quis dizer quando falou: ‘Vocês procurarão por mim, mas não me encontrarão’ e ‘vocês não podem ir ao lugar onde eu estarei’?”

a. Ninguém lhe pôs as mãos, porque a sua hora ainda não havia chegado: Até que o tempo estivesse certo, ninguém conseguiria pôr as mãos em Jesus. Viria um momento em que Jesus diria que Sua hora chegou (João 12:23). Até aquela hora Jesus estava protegido.

i. Os guardas de prisão tentaram prendê-lo, mas não conseguiram. Isso apenas não aconteceria. Quando os guardas retornaram aos líderes religiosos de mãos vazias – sem Jesus preso com eles – seus chefes queriam saber por quê. Eles responderam que ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala (João 7:46).

b. Muitos dentre a multidão creram nele: Enquanto Jesus falava com as pessoas, elas eram atraídas para a fé Nele. Não importava que muitos se opunham a Ele ou até queriam mata-Lo. Jesus tornou público o que Ele acreditava e eles se maravilharam com os muitos sinais que Ele fez.

i. Eles falaram com uma lógica clara quando perguntaram: “Quando o Cristo vier, fará mais sinais miraculosos do que este homem fez?” É justo perguntar, quem fez mais do que Jesus?

ii. Se Jesus não é o Messias, então quando o Messias vier, ele…

·Realizará mais milagres do que Jesus?

·Ensinará com mais sabedoria e autoridade do que Jesus?

·Amará mais extraordinariamente do que Jesus?

·Sofrerá com mais coragem do que Jesus?

·Expiará por mais pecadores do que Jesus?

·Ressuscitará dos mortos com mais triunfo do que Jesus?

·Ascenderá ao céu em glória maior do que a de Jesus?

·Apresentará um Evangelho maior do que de Jesus?

·Mudará mais vidas do que Jesus?

·Libertará mais vícios do que Jesus?

·Consolará mais corações aflitos do que Jesus?

·Curará mais corações partidos do que Jesus?

·Restaurará mais casamentos do que Jesus?

·Triunfará sobre mais tiranos do que Jesus?

·Ganhará mais seguidores do que Jesus?

iii. Nada disso é possível. Ninguém pode fazer mais do que Jesus fez, e Ele merece toda a nossa confiança, vida e fé como Messias.

c. Estou com vocês apenas por pouco tempo: Como os líderes religiosos enviaram guardas do templo para prendê-lo, Jesus garantiu aos guardas que Ele iria embora, mas apenas na hora apontada – em Sua ascensão (irei para aquele que me enviou). Eles não O prenderiam no momento presente.

i. “Para os guardas o que foi dito é uma exibição de Sua triunfante confiança de que a malícia deles é impotente e seus braços paralisados; que quando Ele quiser Ele irá, não será arrastado por eles ou por qualquer homem”. (Maclaren)

d. Aonde pretende ir este homem…? Para onde vive o nosso povo, espalhado entre os gregos? Jesus Falou sobre a Sua iminente ascensão ao céu, mas eles não entenderam. Entendendo equivocadamente de propósito, perguntaram se ele iria embora para as comunidades judaicas fora da Terra Prometida.

i. “Os judeus não entenderam que ele quis dizer sua morte, mas alguma jornada que Ele faria no caso deles O rejeitarem”. (Alford)

ii. “Mal sabiam os que falaram que mesmo Jesus não indo em pessoa entre os gregos, seus seguidores estariam numerados nas dezenas de milhares em terras gregas em apenas alguns anos”. (Bruce)

e. Vocês procurarão por mim, mas não me encontrarão: Notavelmente, eles repetiram exatamente o que Jesus disse anteriormente. Esta declaração os preocupava e eles queriam saber o que Jesus quis dizer. Ele quis dizer que não seria encontrado pelo examinador hostil, por aqueles pretendendo O prender, silenciar ou matar.

5. (37-39) O grande convite: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.

No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado.

a. No último e mais importante dia da festa: A Festa das Cabanas durou oito dias. Durante os sete primeiros dias água da Piscina de Siloé era carregada em uma caneca dourada e derramada no altar para lembrar a todos da água que Deus proveu milagrosamente para uma Israel sedenta no deserto. Parece que no oitavo dia não houve derramamento de água – apenas orações pela água – para lembrá-los que chegaram na A Terra Prometida.

i. “Porém o oitavo dia não era apropriadamente um dos dias da festa; as pessoas paravam de habitar as cabanas no sétimo dia. Filo diz sobre isso que foi a conclusão solene, não daquela festa apenas, mas de todas as festas do ano”. (Alford)

ii. Este foi o último momento de festa que Jesus passaria em Jerusalém antes da Páscoa de Sua morte. Este foi o último dia da última festa; a última vez que Ele falaria com tantos deles antes de Sua crucificação.

b. Jesus levantou-se e disse em alta voz: O que Jesus estava para dizer era de grande importância.

·Importante por causa de onde Ele o disse (em pé nos pátios do templo, bem do lado de fora do próprio templo).

·Importante por causa de quando Ele o disse (no último dia da Festa das Cabanas, depois que a água havia sido derramada nos dias anteriores).

·Importante por causa de como Ele o disse (gritando, até mesmo berrando – em contraste ao tom geral de Seu Ministério de acordo com Isaías 42:2: Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas).

c. Se alguém tem sede, venha a mim e beba: A celebração da Festa das Cabanas enfatizava como Deus proveu água para Israel no deserto em seu caminho para Canaã. Jesus com ousadia chamou as pessoas a Si mesmo para beber e saciar sua sede mais profunda, sua sede espiritual.

i. O convite foi amplo porque dizia, se alguém. Inteligência, raça, classe, nacionalidade ou partido político não o limitavam. O convite foi estreito porque dizia, se alguém tem sede. A pessoa deve enxergar sua necessidade. A sede não é nada em si mesma; é uma falta de algo. É um vazio, uma necessidade gritante.

ii. Há controvérsia entre comentaristas quanto ao se Jesus disse isso enquanto a água estava sendo derramada, ou se ele disse isso no dia que nenhuma água foi derramada. Talvez seja impossível ter certeza, porém a ênfase de João no último…dia provavelmente indica que Jesus pretendeu mostrar um contraste. “Não há mais água nenhuma no templo e nos rituais que amamos. Eu tenho a água que vocês estão procurando”.

iii. “No oitavo dia nenhuma água foi derramada, isso tornaria a afirmação de Jesus ainda mais impressionante”. (Morris)

iv. “No oitavo dia que comemorava sua entrada em ‘uma Terra de Fontes de água’, esta cerimônia foi interrompida. Mas os espíritos mais profundos devem ter visto com alguma desconfiança todo este ritual, sentindo ainda em si uma sede que nenhuma dessas formas simbólicas saciava”. (Dods)

d. Quem crer em mim: Jesus explicou o que quis dizer pela metáfora de beber. Vir a Jesus e beber era essencialmente colocar sua fé Nele; confiar, depender e apegar-se a Jesus tanto pelo tempo quanto pela eternidade.

i. “Então te mandam beber. Essa não é uma ação difícil. Qualquer tolo consegue beber: na verdade, muitos são grandes tolos porque eles bebem demais dos licores venenosos. Beber é peculiarmente o ato comum dos pecadores”. (Spurgeon)

e. Do seu interior fluirão rios de água viva: Para aquele que de fato crê Nele, Jesus ofereceu um rio perpétuo de água viva do Seu mais íntimo ser. A Festa das Cabanas também aguardava as profecias de água fluindo do trono e de Jerusalém, onde o Messias seria entronizado. Essencialmente Jesus disse: “Coloque sua confiança amorosa em Mim, Me entrone em seu coração e vida e abundância fluirão”.

i. “O grego é ‘de dentro de sua barriga’, ou seja, ‘de dentro de seu mais íntimo ser’”. (Morris)

ii. Jesus não falou somente de uma coisa entrando em uma pessoa, mas de uma coisa fluindo para fora dela também. Não era apenas uma bênção recebida, mas também tornar-se uma fonte de bênção para os outros.

iii. “Ele foi capaz de saciar sede, e, além disso, que aqueles que receberam tanta satisfação Dele se tornassem canais através dos quais rios transbordantes deveriam passar”. (Morgan)

iv. Como diz a Escritura: “Embora nenhuma passagem específica da Escritura seja citada, isso na verdade seria um cumprimento de profecias como aquela de Zacarias que um dia uma fonte seria aberta para a casa de Davi, e águas vivas sairiam de Jerusalém (Zacarias 13:1, 14:8); e a de Isaías que Deus derramaria água sobre os sedentos (Isaías 44:3, 55:1)”. (Tasker)

f. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem: Esta vida e abundância fluindo vem dentro e através da presença do Espírito na vida do crente. Isso fala de uma experiência que pertence aos que nele cressem. A natureza daquela experiência pode diferenciar entre crentes, mas há algum aspecto dela que é prometido a todos que a receberão pela fé.

i. “O Talmude de Jerusalém conecta as cerimônias e essa escritura com o Espírito Santo: “Por que o nome dele é chamado de a tirada da água? Por causa do derramamento do Espírito Santo, de acordo com o que é dito: ‘com alegria você tirará água das fontes da salvação’”. (Morris)

ii. “É uma coisa abençoada pregar a obra de Jesus Cristo, mas é uma coisa má omitir a obra do Espírito Santo; pois a obra em si do Senhor Jesus não é bênção para aquele homem que não conhece a obra do Espírito Santo”. (Spurgeon)

g. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado: Esta vida e abundância fluindo não podia vir ainda, pois Jesus ainda não fora glorificado – ou seja, glorificado na cruz e através da ressurreição. Essa concessão do Espírito Santo para o povo de Deus não poderia acontecer até que Jesus completasse sua obra na cruz e no sepulcro vazio.

i. Tradutores têm adicionado a palavra dado. Mais literalmente é: “pois ainda não era Espírito”. João nos conta que ainda não era Pentecostes e os dias do Espírito. “A palavra implícita não é exatamente ‘dado’, mas sim ‘trabalhando’, ou alguma palavra similar… a dispensação do Espírito ainda não estava”. (Alford)

ii. “É um ponto repetido neste Evangelho que o Espírito não podia vir durante o tempo do ministério terreno de Cristo. Mas quando a obra estivesse consumada o espírito seria dado”. (Morris)

C. A multidão questiona, os líderes religiosos rejeitam.

1. (40-43) Jesus traz divisão entre a multidão.

Ouvindo as suas palavras, alguns dentre o povo disseram: “Certamente este homem é o Profeta”. Outros disseram: “Ele é o Cristo”. Ainda outros perguntaram: “Como pode o Cristo vir da Galiléia? A Escritura não diz que o Cristo virá da descendência de Davi, da cidade de Belém, onde viveu Davi?” Assim o povo ficou dividido por causa de Jesus.

a. Este homem é o Profeta… Ele é o Cristo: Alguns dizem uma coisa, outros dizem outra sobre quem Jesus era; mas todo mundo tinha uma opinião. Eles não conseguiam ser confrontados com Jesus e permanecer verdadeiramente neutros. Se alguém fingia ser neutro, era na verdade contra Ele.

i. Este homem é o Profeta: “Alguns sem dúvida sabiam que pelo profeta, o Messias foi intencionado; mas outros parecem ter pensado que um dos antigos profetas deveria ser ressuscitado dentre os mortos e preceder o aparecimento do Messias”. (Clarke)

b. Como pode o Cristo vir da Galiléia? Alguns rejeitaram Jesus porque eles eram ignorantes, não sabendo a verdade sobre Ele. Esses não sabiam que Jesus nasceu realmente em Belém, embora eles conhecessem as profecias sobre Jesus nascendo em Belém.

i. “A preposição traduzida para ‘da’ se refere ao nascimento e origem, não a residência”. (Trench)

ii. “A própria passagem que convenceu seus críticos de que ele não podia ser o Messias foi uma das mais fortes a provar que ele era”. (Tenney)

iii. “Você é aquele que vem rejeitando a Jesus por uma querela? Você se recusa a vir porque não consegue entender onde Cain conseguiu sua esposa? Ou como Deus pode punir pecadores? Ou por que nós temos que acreditar em um nascimento virgem ou em uma ressurreição?” (Boice)

c. Assim o povo ficou dividido por causa de Jesus: Durante os dias de Sua obra terrena, Jesus dividiu as pessoas. As pessoas não conseguiam verdadeiramente ter duas opiniões sobre Jesus, então alguns seriam a favor Dele enquanto outros seriam contra Ele.

i. “A palavra traduzida para divisão implica uma dissensão violenta – alguns assumindo Sua causa, alguns desejando pôr as mãos Nele”. (Alford)

ii. A divisão não veio porque Jesus falou de maneira tola ou porque ele falou sobre um tópico teologicamente controverso. Ele falou sobre Si mesmo, o Messias – e falou claramente, não com palavras misteriosas e sombrias.

iii. Jesus repetiu essa ideia em Mateus 10:34-36: Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois eu vim para fazer que “o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família”.

iv. Tal divisão nunca deveria existir entre os seguidores de Jesus. “Podemos às vezes até mesmo brigar um com o outro pelo que acreditamos ser a verdade, e repreender um ao outro cara-a-cara se pensamos que há um erro; mas quando o assunto é Cristo e sua querida cruz, me dê sua mão, irmão. Você é lavado no sangue e eu também. Você está descansando em Cristo, e eu também. Você colocou toda a sua esperança em Jesus; e aí é onde está toda a minha esperança, e por isso nós somos um. Sim, não há divisão real entre o povo verdadeiro de Deus por causa de Cristo”. (Spurgeon)

2. (44-49) O fracasso de uma tentativa de prender Jesus.

Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos. Finalmente, os guardas do templo voltaram aos chefes dos sacerdotes e aos fariseus, os quais lhes perguntaram: “Por que vocês não o trouxeram?” “Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala”, declararam os guardas. “Será que vocês também foram enganados?”, perguntaram os fariseus. “Por acaso alguém das autoridades ou dos fariseus creu nele? Não! Mas essa ralé que nada entende da lei é maldita.”

a. Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos: A prisão não teve sucesso, mas não foi porque os guardas da prisão do templo foram incompetentes. Foi porque o tempo ainda não estava certo, e era impossível Jesus ser parado até que o tempo do Pai estivesse certo.

b. Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala: Estes guardas do templo ouviram muitos rabinos ensinar, mas nunca ouviram alguém falar como Jesus. Eles ficaram tão impressionados pela mensagem de Jesus que acharam impossível realizar seu trabalho designado de prendê-Lo e silenciá-Lo.

i. “‘Nunca nenhum homem falou dessa maneira’. No grego a palavra ‘homem’ (anthropos) ocorre na posição enfática ao final da sentença e implica por contraste que ele deve ser mais do que um ser humano comum”. (Tenney)

ii. “O testemunho deles foi expresso em poucas e simples palavras, mas resistiu ao teste de dezenove séculos”. (Bruce)

c. “Será que vocês também foram enganados?”, perguntaram os fariseus. “Por acaso alguém das autoridades ou dos fariseus creu nele? Não! Mas essa ralé que nada entende da lei é maldita: O orgulho dos líderes religiosos foi claro, assim como seu desprezo pelas pessoas comuns. Eles esperavam envergonhar e intimidar os guardas do templo que não prenderam Jesus com a ideia de que todas as pessoas inteligentes e espirituais não seguem Jesus – e vocês também não deveriam.

i. “A arrogância religiosa dos governantes foi revelada em sua rejeição desdenhosa do testemunho dos guardas”. (Tenney)

ii. “Os fariseus tinham uma frase pela qual descreviam as pessoas simples e comuns que não observavam os milhares de regulamentos da lei cerimonial. Eles os chamavam de Pessoas da Terra; para eles, elas estavam abaixo do desprezo”. (Barclay)

iii. “Até o rabino liberal Hillel, da geração anterior a de Cristo, resumiu esta atitude quando disse: ‘Nenhum membro do povo comum é piedoso’”. (Bruce)

3. (50-52) A reação à pequena defesa de Nicodemos por Jesus.

Nicodemos, um deles, que antes tinha procurado Jesus, perguntou-lhes: “A nossa lei condena alguém, sem primeiro ouvi-lo para saber o que ele está fazendo?” Eles responderam: “Você também é da Galiléia? Verifique, e descobrirá que da Galiléia não surge profeta”.

a. A nossa lei condena alguém, sem primeiro ouvi-lo para saber o que ele está fazendo: Nicodemos tentou argumentar com os líderes religiosos alertando-os contra julgar Jesus de maneira rápida.

b. Você também é da Galiléia: Os líderes religiosos que viviam em Jerusalém e na Judeia desprezavam o povo da Galiléia, e frequentemente zombavam deles. Para esses líderes religiosos vindos da Judeia, nada de bom poderia vir da Galiléia.

c. Verifique, e descobrirá que da Galiléia não surge profeta: Eles estavam errados. Na verdade, um profeta havia surgido da Galiléia. Jonas (que era uma imagem de Jesus Cristo) veio de Gate-Héfer, que ficava a quase cinco quilômetros ao norte de Nazaré na Baixa Galileia (2 Reis 14:25).

i. “A forma como a pergunta é apresentada no original passa uma nota marcante de surpresa; ‘Por que certamente o Cristo não vai vir da Galiléia?’” (Tasker)

ii. “Não era historicamente verdadeiro; – pois pelo menos dois profetas surgiram da Galiléia: Jonas de Gate-Héfer e o maior dos profetas, Elias de Tisbe; e talvez também Naum e Oseias. Seu desprezo pela Galiléia os fez perder de vista a precisão histórica”. (Alford)

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