Filipenses 4




Filipenses 4 – Paz e Alegria em Todas as Circunstâncias

A. Instruções para santos específicos.

1. (1) Uma exortação geral: à luz de seu destino em Cristo, permaneça firme.

Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudade, vocês que são a minha alegria e a minha coroa, permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados!

a. Portanto: Isso conecta o que Paulo escreveu aqui com o que ele escreveu antes. Por causa da promessa da ressurreição (Filipenses 3:21) os Filipenses tinham toda a razão para permanecerem assim firmes no Senhor.

b. Minha alegria e minha coroa: Paulo usou a palavra grega antiga para coroa que descrevia uma coroa dada a um atleta que tinha ganhado a corrida. Era uma coroa de conquista (uma stephanos); não a coroa que era dada ao rei (um diadema). Os Filipenses, ao permanecerem firmes no Senhor eram o troféu de Paulo.

c. Permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados: Nós podemos permanecer firmes apenas quando nós estamos no senhor; qualquer outro lugar não é um lugar seguro para permanecer.

2. (2) Instruções para Evódia e Síntique.

O que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que vivam em harmonia no Senhor. 

a. Evódia e…Síntique: Aparentemente estas duas mulheres eram a origem de algum tipo de disputa na igreja. Ao invés de tomar partido ou tentar resolver o problema delas, Paulo simplesmente lhes disse para viver em harmonia no Senhor.

b. Que vivam em harmonia no Senhor: Sobre o que quer que a disputa tenha sido, Evódiae Síntique haviam esquecido que elas têm algo grande em comum em Jesus Cristo. Elas esqueceram que todo o resto era menos importante do que esse algo em comum.

3. (3) Instruções para o leal companheiro.

Sim, e peço a você, leal companheiro de jugo, que as ajude; pois lutaram ao meu lado na causa do evangelho, com Clemente e meus demais cooperadores. Os seus nomes estão no livro da vida.

a. Sim, e peço a você, leal companheiro: Quem quer que fosse, Paulo os instruiu a as ajudar; pois lutaram ao meu lado na causa do evangelho. Era suposto que o leal companheiro fosse ajudar estas mulheres a se reconciliarem e encontrarem harmonia no Senhor.

i. Lutaram ao meu lado na causa do evangelho é uma frase reveladora. Estas duas mulheres, Evódia e Síntique, eram colaboradoras fiéis com Paulo na obra do evangelho. No entanto, elas tiveram uma briga entre elas. Paulo sabia que essa infeliz disputa precisava ser resolvida.

b. Com Clemente: Havia um notável Clemente na primeira igreja que era o líder da igreja em Roma e escreveu duas cartas preservadas para a igreja em Corinto. No entanto, nós não sabemos se este é o mesmo Clemente. Esse nome era comum no mundo romano.

i. Nós podemos contrastar a breve menção de Evódia e Síntique com a breve menção de Clemente. Se você tivesse que ter sua vida inteira resumida em uma sentença, você gostaria de que ela fosse resumida como Clemente ou como Evódia e Síntique?

c. E meus demais cooperadores. Os seus nomes estão no livro da vida: Havia outros em Filipos que também ajudaram Paulo. Eles tiveram a maior honra do mundo: ter seus nomes no livro da vida (Apocalipse 20:15).

B. Mais instrução sobre viver no caminho.

1. (4) Paulo repete um tema principal da carta.

Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se! 

a. Alegrem-se: Apesar da circunstância na qual ela foi escrita, alegria está por toda a carta aos Filipenses. Exemplos disso estão em Filipenses 1:4, 1:18, 1:25, 2:2, 2:16, 2:17, 2:18, 2:28, 3:1, 3:3 e 4:1.

i. “Eu estou contente por nós não sabemos sobre o que era a briga; eu geralmente sou agradecido pela ignorância sobre tais assuntos; – mas como uma cura para desentendimentos o apóstolo diz: ‘Alegrem-se sempre no Senhor’. As pessoas que são muito felizes, especialmente aquelas que são muito felizes no senhor, não são capazes de ofender ou ficarem ofendidas. Suas mentes estão tão docemente ocupadas com coisas mais elevadas, que elas não se distraem facilmente com problemas pequenos que naturalmente aparecem entre criaturas tão imperfeitas como nós. A alegria no Senhor é a cura para toda discórdia”. (Spurgeon)

b. Alegrem-se sempre no Senhor: Mais uma vez a alegria de Paulo não estava baseada em um otimismo ensolarado ou atitude mental positiva, mas sim estava na confiança de que Deus estava no controle. Era realmente uma alegria no Senhor.

i. “Que Deus gracioso nós servimos, que faz o deleite ser um dever e que nos comanda a nos alegrarmos! Não deveríamos nós imediatamente obedecer a tal comando como este? É pretendido que nós devemos ser felizes”. (Spurgeon)

2. (5) Mostre uma disposição gentil a todos.

Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor.

a. Seja a amabilidade de vocês conhecida: Paulo usou uma palavra grega antiga interessante (epieikeia) que foi traduzida para amabilidade aqui. Outras traduções da Bíblia traduzem epieikeia como paciência, suavidade, a mente paciente, modéstia, indulgência, o espírito indulgente ou magnanimidade.

i. “A palavra epieikes possui um extensivo significado; ela significa o mesmo que epieikeia, suavidade, paciência, rendição, gentileza, clemência, moderação, relutância em lutar ou brigar; porém moderação é expressiva o suficiente como um termo geral”. (Clarke)

ii. Um bom exemplo desta qualidade é quando Jesus mostrou amabilidade com uma mulher que foi pega em adultério em uma armadilha e trazida a Jesus. Ele soube como mostrar uma amabilidade santa a ela.

iii. Esta palavra descreve o coração de uma pessoa que deixará o Senhor lutar suas batalhas. Ele sabe que “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor (Romanos 12:19). Ela descreve uma pessoa que é realmente livre para se desfazer de Suas ansiedades e todas as coisas que causam a ela estresse, porque ela sabe que o Senhor assumirá sua causa.

b. Conhecida por todos: A esfera é ampla. Nós mostramos esta amabilidade a todos, não apenas a quem desejamos.

c. Perto está o Senhor: Quando vivemos com a consciência de que Jesus vai retornar logo, faz com que seja mais fácil alegrar-se no Senhor e mostrar amabilidade por todos. Sabemos que Jesus vai corrigir todo o erro em Seu retorno e nós podemos confiar que Ele consertará todas as coisas em nosso mundo em ruínas.

3. (6) Uma vida de oração viva.

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.

a. Não andem ansiosos por coisa alguma: Isto é um comando, não uma opção. O cuidado indevido é uma intrusão em uma arena que pertence apenas a Deus. Faz de nós o pai de família ao invés do filho.

b. Mas em tudo, pela oração e súplicas: Paulo escreveu que tudo é o assunto adequado para oração. Não há algumas áreas de nossas vidas que não são da preocupação de Deus.

c. Oração e súplicas: Estes dois aspectos da oração são similares, porém distintos. Oração é uma palavra mais abrangente que pode significar toda a nossa comunicação com Deus, porém súplicas pedem diretamente para Deus fazer algo.

i. Muitas de nossas orações acabam não atendidas porque nós não pedimos a Deus por nada. Aqui Deus nos convida a simplesmente apresentarmos nossos pedidos. Ele quer saber.

d. Apresentem: Deus já sabe de nossos pedidos antes de orarmos por eles; ainda, Ele frequentemente esperará pela nossa participação através da oração antes de conceder-nos aquilo pelo que pedimos.

e. Com ação de graças: Isto defende contra um espírito lamurioso, queixoso diante de Deus quando nós apresentamos nossos pedidos. Nós realmente não podemos ficar ansiosos por nada, orar por tudo e ser agradecido por qualquer coisa.

4. (7) A promessa de paz.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.

a. E a paz de Deus: A Bíblia descreve três grandes aspectos de paz que estão relacionados a Deus.

·Paz de Deus: Paulo continuamente usou isso como uma introdução para suas cartas; isso nos lembra que nossa paz vem a nós como um presente vindo de Deus.

·Paz com Deus: Isto descreve um relacionamento com Deus no qual entramos através da obra finalizada de Jesus Cristo.

·A paz de Deus: Esta é a paz da qual se fala em Filipenses 4:7. Ela está aquém de ” todo o entendimento”; isto é, além de nosso poder de pensamento.

i. “O que é a paz de Deus? A serenidade imperturbável do Deus infinitamente feliz, a compostura eterna do Deus absolutamente satisfeito”. (Spurgeon)

b. Que excede todo o entendimento: Não é que é sem sentido e, portanto, impossível de entender, mas que está além de nossa capacidade de entender e explicar – portanto, deve ser experimentada.

i. Esta paz não apenas ultrapassa o entendimento do homem mundano; ela ultrapassa todo o entendimento. Nem mesmo o homem piedoso consegue compreender esta paz.

c. Guardará o coração e a mente de vocês: A palavra guardará fala sobre uma ação militar. Isso é algo que a paz de Deus faz por nós; é uma paz que está de guarda no nosso coração e mente.

i. “As manterá como em um lugar forte ou um castelo”. (Clarke)

ii. Quando as pessoas parecem “perder” seu coração ou sua mente, isto está frequentemente conectado a uma ausência da paz de Deus na vida delas. A paz de Deus então, não age como um guarda para os corações e mentes delas.

5. (8) O lugar certo para colocarmos nossas mentes.

Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. 

a. Tudo o que for verdadeiro: A lista de Paulo de coisas nas quais nós deveríamos meditar traduz bem do grego para o português; não há uma grande necessidade para uma elaboração sobre cada item.

b. Nobre…correto…puro…amável…de boa fama…excelente…digno de louvor: Estes, Paulo diria, são o fruto e a comida da mente que é guardada pela paz de Deus. Quando colocamos estas coisas boas em nossa mente, elas ficam em nossa mente e em tão irradiam de nós.

c. Pensem nestas coisas: Muito da vida cristã se resume a mente. Romanos 12:2, fala sobre o lugar essencial de transformar-se pela renovação da sua mente e 2 Coríntios 10:5, fala sobre a importância de destruirmos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levarmos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. Sobre o que nós escolhemos pensar importa.

i. O que Paulo descreve aqui é uma maneira prática de levar cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.

6. (9) Um retorno a ideia de seguir o exemplo de Paulo.

Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim. E o Deus da paz estará com vocês.

a. Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim: Paulo tinha a integridade de se apresentar como um exemplo de todas estas coisas aos Filipenses. Ele realmente podia dizer: “Sigam-me como eu sigo a Jesus”.

b. E o Deus da paz estará com vocês: Se os filipenses agissem como Paulo havia instruído, não apenas eles teriam a paz de Deus, mas também o Deus da paz teria estado com eles.

C. Paulo comente sobre a oferta dos Filipenses.

1. (10-14) A perspectiva de Paulo sobre a oferta dos Filipenses.

Alegro-me grandemente no Senhor, porque finalmente vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato, vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo. Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece. Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações. 

a. Vocês renovaram seu interesse por mim: Isso se refere ao apoio financeiro trazido por Epafrodito (Filipenses 2:25). Paulo não queria insinuar que os Filipenses não se importavam antes, apenas que antes eles não tinham oportunidade. Quando eles tiveram a oportunidade, aí então, seu interesse por Paulo se renovou.

b. Não estou dizendo isso porque esteja necessitado: Paulo lembrou aos Filipenses que seu agradecimento pela oferta dos Filipenses não era porque ele estava passando necessidade (apesar de que ele estava de fato necessitado), mas porque era bom para eles serem doadores.

c. Aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância: Isto foi como Paulo conseguiu dizer que seu agradecimento não estava baseado em sua própria necessidade. Apesar de Paulo estar passando necessidade, ele estava contente onde estava – até mesmo em sua prisão romana.

i. Aprendi: Paulo teve que aprender contentamento; isso não é natural ao ser humano.

ii. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura: Paulo nos lembra que seu contentamento não era apenas teórico. Ele realmente viveu isso. Paulo tinha estado financeiramente bem; ele tinha estado financeiramente necessitado.

iii. Paulo sabia o que é passar necessidade. “Veja aqui o estado ao qual Deus permitiu que seu apóstolo chefe fosse reduzido! E veja como a graça de Cristo o apoiou poderosamente durante tudo isso! Quão poucos daqueles que são chamados ministros cristãos ou homens cristãos aprenderam esta importante lição! Quando o desejo ou a aflição vem, suas reclamações são altas e frequentes; e eles logo perdem a sua paciência”. (Clarke)

iv. Paulo também sabia o que é ter fartura. “Há uma grande quantidade de homens que conhecem um pouco sobre o que é passar necessidade, que não sabem nada sobre o que é ter fartura. quando eles forem colocados na cova com José, eles olham para cima e veem uma promessa estelar e tem a esperança de uma fuga. mas quando eles são colocados no topo de um pináculo, suas cabeças ficam confusas e eles ficam prontos para cair”. (Spurgeon)

d. Tudo posso naquele que me fortalece: Isto se refere a habilidade de Paulo de se adaptar a todas as coisas. para alcançar esta adaptação ele precisou da força de Jesus Cristo.

i. Infelizmente, muitas pessoas tiram este versículo do contexto e o usam para reforçar uma mentalidade “triunfante” ou “super-cristã”, ao invés de ver que a força de Jesus na vida de Paulo era evidente em sua habilidade de se adaptar quando ele passava necessidade.

ii. Nós sempre devemos também colocar esta preciosa declaração de fé em conexão com João 15:5: Pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Com Jesus nós conseguimos fazer tudo, sem Ele não conseguimos fazer nada.

e. Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações: Ao falar sobre sua habilidade de adaptar-se, Paulo não queria dar a impressão de que os Filipenses tinham de alguma maneira feito algo errado ao apoiar Paulo. mas havia um senso real no qual a doação dos filipenses era melhor para eles do que para Paulo (vocês fizeram bem). A doação piedosa na verdade faz mais bem para o doador do que para aquele que a recebe.

2. (15-18) Agradecimento pelo presente passado e presente dos Filipenses.

Como vocês sabem, filipenses, nos seus primeiros dias no evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja partilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês; pois, estando eu em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade. Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês. Recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vocês enviaram. São uma oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus.

a. Primeiros dias no evangelho: isto se refere aos esforços missionários pioneiros de Paulo na Europa registrados em atos 16 e a seguir.

b. Nenhuma igreja partilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês: Os Filipenses foram os únicos que apoiaram Paulo durante este período particular. de como eles o apoiaram quando estava em Tessalônica.

i. “Provavelmente a oferta não foi muita se estimada em moeda romana; mas para ele é muito importante, e se senta para escrever uma carta de agradecimento repleta de expressões ricas como estas”. (Spurgeon)

ii. “Enquanto trabalhando para plantar a igreja lá ele foi apoiado em parte pelo trabalho com suas mãos, 1 Tessalonicenses 2:9; 2 Tessalonicenses 3:7-9; te pelas contribuições enviadas a ele de Filipos. até mesmo os Tessalonicenses haviam contribuído um pouco para mantê-lo: este crédito a eles não é dado”. (Clarke)

c. Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês: Paulo não estava muito interessado na oferta em seu próprio nome, mas o que pode ser creditado na conta de vocês. Sua doação aumentou o fruto da conta deles diante de Deus.

i. “Não é a oferta em si colocada nas mãos de Paulo que lhe trouxe a alegria, mas a doação e o significado dessa doação. É o índice mais verdadeiro dá realidade permanente de sua obra”. (Kennedy)

ii. Isto reflete um dos princípios mais importantes com relação à doação nas Escrituras: que nós nunca ficamos mais pobres ao doar. Deus nunca será nosso devedor e nós nunca poderemos dar mais do que Deus.

d. Aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus: Paulo descreveu a oferta dos Filipenses em termos que nos lembra os sacrifícios no Antigo Testamento (Gênesis 8:21, Êxodo 29:18, 29:25 e 29:41). Nossa oferta para o trabalho de Deus é similar aos sacrifícios do Antigo Testamento que também custam muito a pessoa trazendo o sacrifício.

i. Efésios 5:2 usa a mesma terminologia em referência ao sacrifício de Jesus por nós; nossos sacrifícios são da mesma maneira agradáveis a Deus como um aroma suave.

ii. Em 2 Coríntios 8:1-5, Paulo se gabou dos Filipenses como um exemplo do tipo certo de doação. ele descreve como eles doaram de boa vontade, dentro de sua própria necessidade e eles deram depois de primeiro terem dado a si mesmos ao Senhor.

3. (19) Paulo declara uma promessa aos Filipenses com relação as próprias necessidades financeiras deles.

O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.

a. O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês: Nós não deveríamos pensar que os filipenses eram ricos benfeitores de Paulo que podiam facilmente compartilhar o dinheiro. como Paulo os descreveu em 2 Coríntios 8, está claro que sua doação foi sacrificial. Esta promessa significou algo para eles!

i. “Ele disse a eles: “Vocês têm me ajudado; porém meu Deus vai suprir vocês. vocês têm me ajudado em uma das minhas necessidades – minha necessidade de roupa e de comida: eu tenho outras necessidades que vocês não poderiam me ajudar; porém meu Deus suprirá todas as suas necessidades. Vocês têm me ajudado, alguns de vocês, dentro de sua profunda pobreza, tirando do seu estoque escasso; porém meu Deus suprirá todas as suas necessidades vindas de suas riquezas na glória”. (Spurgeon)

b. Suprirá todas as necessidades de vocês: A promessa é de suprir todas as necessidades de vocês; mas é todas as necessidades de vocês (não uma promessa de ir além das necessidades). Com isto, a promessa é ampla e ainda restrita.

c. De acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus: Esta é uma medida impressionante de doação. Já que não há escassez nas gloriosas riquezas de Deus, deveríamos antecipar que não haveria escassez na provisão de Deus.

i. “A recompensa não virá meramente da Sua riqueza, mas também de uma maneira que seja condizente com Sua riqueza”. (Martin)

ii. Spurgeon pensou que este versículo era uma grande ilustração daquele milagre maravilhoso em 2 Reis 4:1-7, onde Eliseu disse para a viúva juntar vasilhas vazias, organizá-los e derramar o óleo do frasco pequeno de óleo que ela tinha dentro das vasilhas vazias. Ela encheu e encheu e milagrosamente encheu até que cada vasilha vazia estivesse cheia.

·Todas as necessidades de vocês são como as vasilhas vazias.

·Deus é aquele que enche as vasilhas vazias.

·De acordo com as suas gloriosas riquezas descreve o estilo em que Deus enche as vasilhas vazias – o óleo continua fluindo até que cada vasilha disponível esteja cheia.

·Em Cristo Jesus descreve o como Deus atende às nossas necessidades – nossas vasilhas vazias são preenchidas com Jesus em toda a Sua glória.

d. Todas as suas necessidades: Nós também notamos que esta promessa foi feita aos Filipenses – aqueles que haviam rendido suas finanças e posses materiais ao serviço de Deus e que sabiam como doar com o tipo certo de coração.

i. Esta promessa simplesmente expressa o que Jesus disse em Lucas 6:38: Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. pois à medida que usarem também será usada para medir vocês.

D. Conclusão da carta.

1. (20) Uma breve doxologia.

A nosso Deus e pai seja a glória para todo o sempre. Amém.

a. Seja a glória para todo o sempre: É equivocado pensar nisto como um comentário impensado feito por Paulo da maneira como nós jogamos comentários como “glória a Deus” ou “Louvado seja o Senhor” em nossa cultura cristã. Paulo queria genuinamente que Deus fosse glorificado estava disposto a ser usado de qualquer maneira que Deus achasse adequada para glorificar a Si mesmo (Filipenses 1:20).

b. Amém: Esta foi uma palavra emprestada do hebreu que significa “que assim seja”. É uma expressão confiante e alegre de afirmação.

2. (21-22) Saudações mútuas expressadas.

Saúdem a todos os santos em Cristo Jesus. os irmãos que estão comigo enviam saudações. Todos os santos lhes enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de César.

a. Saúdem a todos os santos: Aqui Paulo não mandou saudações específicas a indivíduos como ele fez em outras cartas. Ao invés disso, ele saudou todos os santos em Cristo Jesus. Isto também é outro exemplo do fato de que o título santo se aplica a todos os cristãos, não apenas a uma pequena elite.

b. Todos os santos lhes enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de César: Esta saudação especial é prova de que Paulo foi ainda usado durante seu aprisionamento romano, quando o evangelho se estendeu até mesmo para dentro do Palácio de César.

i. Os que estão no palácio de César: “Com isto ele designa os funcionários e cervos e escravos do Palácio do imperador, com quem Paulo, como um prisioneiro por muitos anos, sem dúvida teve contato em várias ocasiões”. (Muller)

ii. “Nero era nesta época o imperador de Roma: um miserável mais sem valor, cruel e diabólico nunca desgraçou o nome ou forma do homem; ainda em sua família havia cristãos: mas se isto está relacionado com os membros da família imperial, ou os guardas, ou os cortesãos, ou os servos, não podemos dizer”. (Clarke)

3. (23) Palavras finais.

A graça do senhor Jesus Cristo seja com o espírito de vocês. Amém.

a. A graça do senhor Jesus Cristo seja com o espírito de vocês: Paulo não disse isso para simplesmente preencher espaço no final de sua carta. Para ele a vida cristã começa e termina com a graça do senhor Jesus Cristo, então era apropriado que suas cartas começassem e terminassem também com a graça.

b. Amém: Esta era uma palavra de afirmação apropriada. Paulo sabia que o que ele escreveu aos Filipenses era digno de ser concordado, então ele adicionou a palavra final do acordo – Amém.

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