Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.  (Efésios 2:8-9)

Há algo profundo na natureza humana que exige conquistar seu próprio caminho, sua própria posição diante de Deus. Mas a posição correta diante de Deus não é algo conquistado. É uma dádiva que recebemos pela fé. Além disso, é importante lembrar que a fé não é uma boa obra que conquista a posição correta diante de Deus. Embora as boas obras acompanhem a verdadeira fé, a fé não é uma “obra”. A fé simplesmente vê a oferta que Deus faz e acredita que ela é verdadeira. Ela olha para as promessas de Deus e diz: “Acredito que elas são para mim”. Fé é recusar-se a chamar Deus de mentiroso, aceitar a palavra de Deus pelo valor de face e confiar que Deus e Sua palavra são confiáveis. Quando não temos fé, negamos que a palavra de Deus seja verdadeira e O chamamos de mentiroso. Não há nenhum mérito em não chamar Deus de mentiroso; é apenas bom senso.

Há uma história sobre um homem que estava ensinando uma classe de escola dominical cheia de meninos pequenos. Um dia, ele ofereceu a um dos meninos da classe algo muito valioso naquela época: um relógio novinho em folha. Mas o menino achou que aquilo era apenas um truque. Temendo que seus colegas rissem dele quando o truque fosse revelado, ele recusou o relógio. O professor então o ofereceu ao próximo garoto, mas ele seguiu o exemplo do primeiro. Um a um, cada menino recusou o relógio porque a oferta parecia boa demais para ser verdade; certamente, o professor só queria enganá-los, pensavam. Mas o último garoto foi ousado o suficiente para aceitar o relógio quando o professor o ofereceu a ele. Quando o professor o entregou a ele, os outros meninos ficaram surpresos e irritados. O professor usou esse fato para mostrar à classe que, por melhor que fosse o presente que lhes fosse oferecido, eles deveriam acreditar na palavra do doador e receber o presente antes que ele pudesse lhes trazer algum benefício.

Em 1829, um homem da Pensilvânia chamado George Wilson foi condenado pela Corte dos Estados Unidos a ser enforcado até a morte por roubo e assassinato. O presidente Andrew Jackson o perdoou, mas o prisioneiro recusou o perdão. Wilson insistiu que não havia sido perdoado a menos que o aceitasse. Essa era uma questão de direito nunca antes levantada, e o Presidente Jackson solicitou que a Suprema Corte decidisse. O presidente da Suprema Corte, John Marshall, proferiu a seguinte decisão. “O perdão é um documento, cujo valor depende de sua aceitação pela pessoa envolvida. Se ele for recusado, não é um perdão. George Wilson deve ser enforcado.” E ele foi.

Mesmo assim, a oferta de Deus de perdão e salvação em Cristo Jesus é oferecida a muitos, mas somente aqueles que confiam em Deus e em Sua palavra obterão os benefícios desse perdão.

Hoje, por que não acreditar simplesmente no que Deus diz e receber Sua dádiva da graça?

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